Lateral-direito da equipe sub-20 do Avaí, Guga ganhou forte projeção em 2017, e não foi (só) por causa do apelido em homenagem ao maior tenista da história do país. Autor de três gols, ele foi um dos protagonistas da surpreendente campanha avaiana na Copa do Brasil da categoria neste ano, ao eliminar Grêmio, Fluminense e Palmeiras e ser superado apenas pelo Flamengo nas semifinais.
Guga, mesmo lateral, foi o principal goleador do Avaí na competição e é figura marcante no topo da lista de artilheiros da maioria das competições que a equipe catarinense disputa entre os juniores. Aos 18 anos, a promessa batizada como Cláudio Rodrigues Gomes já fez gols, bateu gigantes e está deixando sua marca na base. Porém, tem algo que ainda está faltando: conhecer o xará famoso, e que ainda é torcedor fanático do Avaí.
– Eu comecei a jogar futsal com cinco anos, época em que o Guga estava no auge no tênis. Eu tinha cabelo enrolado, então meu primeiro treinador, o Geraldo, me botou esse apelido e acabou pegando de uma maneira que eu nem esperava. Hoje ninguém me conhece pelo nome (risos). Espero encontrá-lo algum dia, conversar com ele, que é um cara que tenho como ídolo. Não só pelo esporte, mas pela pessoa que ele é, um cara do bem, que só fala coisas boas sobre as pessoas, fala em ajudar o próximo, fala sobre família. Eu me espelho muito nele – diz, ao blog, o Guga ainda desconhecido do grande público.
A história que começou aos cinco anos no futsal foi seguida por uma passagem de cinco temporadas pelas categorias de base do Botafogo, clube do Estado do Rio de Janeiro, que é onde Guga nasceu, em 1998. Após esta experiência, foi mais um ano jogando na Segunda Divisão carioca pelo União antes do convite do Avaí, em 2013. Por lá, assinou o primeiro contrato importante da carreira, que tem validade até 2018.
Cobrador de faltas e pênaltis do sub-20 do Avaí, Guga chamou atenção do mercado com a campanha da Copa do Brasil deste ano, mas ainda não foi promovido ao elenco profissional, que disputa a Série A do Brasileirão sob o comando de Claudinei Oliveira. O clube trabalha para que a promessa se desenvolva ainda mais no Catarinense sub-19, que tem início no próximo dia 25, e também na Copa São Paulo de Juniores de 2018. Ele vê o futebol profissional como um objetivo próximo e tenta aprimorar fundamentos para bater e ficar no time de cima.
– Meu foco é subir para o profissional e vejo isso perto pelo trabalho que tenho feito. Me considero um lateral bastante ofensivo, mas procuro subir sempre na boa, evito subir quando o lateral-esquerdo está apoiando, por exemplo. Aqui no clube a gente trabalha bastante essa questão do posicionamento, então eu procuro trabalhar bastante a defesa e o ataque. No ataque ajudo bastante, mas na defesa sempre procuro me aperfeiçoar – diz o garoto, que já realizou treinamentos como profissional em quatro anos de Avaí.
Para ajudar no dia a dia, Guga está morando desde junho com seu pai, Cláudio. Ele é taxista, não é nenhum tenista número um do mundo. Mas é parte importante do crescimento do novo Guga candidato a ídolo em Santa Catarina.